sexta-feira, 14 de outubro de 2022

domingo, 9 de outubro de 2022

5 de outubro de 1910

A 1ª República


1 Bombardeamento do Palácio Real pelos republicanos.
2 Fuga do rei D. Manuel II para Inglaterra.
3 Prisão dos padres jesuítas pelos republicanos.
4 Barricadas republicanas na Rotunda.
5 Desembarque da marinha no Terreiro do Paço.
6 Proclamação da República na Câmara Municipal.
7 Visita do Governo Provisório aos revolucionários acampados na Rotunda.

Em 5 de Outubro de 1910, um movimento militar (chefiado por Machado Santos), com um forte apoio popular, implantou a República em Portugal.
O rei D. Manuel II foi afastado, embarcando com a família para o exílio em Inglaterra.
O governo provisório foi presidido por Teófilo Braga até à eleição do governo definitivo.
A Constituição de 1911 instituiu uma República Democrática Parlamentar: consagrou a divisão tripartida dos poderes, a soberania da nação e o regime parlamentar.
Manuel de Arriaga foi o primeiro Presidente da República Constitucional, eleito.
As ideias republicanas defendiam:
a)    O desenvolvimento económico do país
b)    A educação do povo
c)    A defesa das colónias
d)    A diminuição da influência da Igreja Católica no Estado.
Os primeiros governos republicanos tomaram importantes medidas de carácter anticlerical, financeiro, social e no domínio da educação.
Foram fixadas por decreto, a forma e as cores da nova bandeira nacional: verde e vermelho com as armas nacionais inscritas na esfera armilar.
 A moeda e o hino também mudaram: o real foi substituído pelo escudo e o hino da Carta Constitucional pela canção patriótica “A Portuguesa” (música de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça, em 1890 (como reação ao Ultimato Inglês).




sábado, 8 de outubro de 2022

Crise e queda da Monarquia

Nos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX, Portugal passou por grandes dificuldades que puseram em causa a Monarquia.

a) Crise económica e financeira (final séc.XIX): insuficiência da produção agrícola e industrial; défice da balança comercial; falências bancárias; endividamento externo.
b) Crise social: aumento dos preços e dos impostos; aumento do desemprego; emigração; agitação social (manifestações e greves)
c) Aparecimento de novas ideologias: Republicana; Socialista; Sociedades Secretas (Maçonaria, Carbonária)
d) Revolta Republicana no Porto a 31 de Janeiro de 1891 , na sequência do Ultimato Inglês; esta revolta foi abafada pelas tropas fiéis ao rei, mas teve grande significado, uma vez que contribuiu para aumentar o número de adeptos da República.
e) 1907 – Ditadura de João Franco (chefe do governo do Rei D.Carlos)
f) 1908 – Regicídio – assassinato do Rei D.Carlos e do príncipe -. Herdeiro D. Luís Filipe
g) D. Manuel II sobe ao trono, demitiu João Franco e aliviou a repressão.


Ultimato Inglês

Ultimato Inglês
Um dos acontecimentos que mais contribuiu para o desgaste e descrédito da instituição monárquica foi a questão do Ultimato que, em 11 de Janeiro de 1890, o governo britânico entregou ao governo português exigindo a retirada das forças militares existentes no território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola. A zona era reclamada por Portugal, desde 1886, aquando da apresentação do Mapa Cor-de-Rosa, elaborado pela Sociedade de Geografia de Lisboa.


Vejamos o mapa em versão simplificada.
 .


Estas pretensões portuguesas entravam em rota de colisão com o projeto britânico de construir uma linha de caminho-de-ferro ligando o Cairo à Cidade do Cabo, projeto megalómano que nunca se realizaria. O governo da rainha Vitória não podia aceitar as pretensões de Portugal e impôs que Portugal retirasse os seus militares da referida região, sob a ameaça da Grã-Bretanha  cortar relações diplomáticas com Portugal, podendo mesmo recorrer à força.
Na própria noite do dia 11de Janeiro reuniu-se o Conselho de Estado, sob a presidência de D. Carlos. Manifestaram-se diversas posições. Prevaleceu a posição da aceitação das imposições inglesas, face à reduzida capacidade bélica das nossas forças armadas, mas a menos popular.
As manifestações de patriotismo e de apelo à guerra sucederam-se. Foi neste clima de exaltação nacionalista que Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça compuseram o actual hino nacional.

A versão original e completa de “A Portuguesa”, que se compreende perfeitamente dentro do contexto em que os autores criaram o hino, dizia:
I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Oh pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela pátria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!
II

Desfralda a invicta bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu!
Beija o teu solo jucundo
O Oceano, a rugir de amor;
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela pátria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!
III
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injurias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela pátria lutar!
Contra os Bretões, marchar marchar!

Para não ofendermos os nossos «mais antigos aliados», na letra do hino, os Bretões foram substituídos por «canhões».
Estes acontecimentos desencadeados pelo ultimato inglês de 11 de Janeiro de 1890 condicionaram irreversivelmente a evolução política portuguesa, desencadeando uma cadeia de acontecimentos que desembocou no Regicídio e, depois, no fim da Monarquia Constitucional.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

A I Guerra Mundial

1914: Atentado em Sarajevo

No dia 28 de junho de 1914, um atentado na capital da província austríaca da Bósnia-Herzegovina matou o arquiduque Francisco Fernando e sua esposa, Sofia Chotek.
O atentado acabou por provocar  a Primeira Guerra Mundial. Foi um estudante sérvio chamado Gavrilo Princip, de 19 anos, pertencente a uma associação secreta conhecida como Mão Negra, quem assassinou o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono da Áustria, e sua esposa.
O atentado, ocorrido na cidade de Sarajevo, na Bósnia, culminou com a declaração de guerra contra a Sérvia por parte do Império Austro-Húngaro. Os países europeus foram, um a um, arrastados para o conflito, que durou quatro anos, de 1914 a 1918.
Francisco Fernando foi morto a tiros, a curta distância, enquanto passeava por Sarajevo. A visita era uma tentativa do império, com sede em Viena, de demonstrar força na capital bósnia.
Princip era um dos sete conspiradores espalhados em pontos nevrálgicos da cidade de Sarajevo. Eram todos jovens, entre 17 e 20 anos, membros do movimento nacionalista que pretendia uma Grande Sérvia e inimigos da monarquia dos Habsburg.
O arquiduque e a esposa, minutos antes do atentado


1. FASES DA GUERRA

1.1.  Guerra dos Movimentos (1914/15)

  • A Alemanha desenvolveu uma guerra relâmpago, invadindo a Bélgica (país neutro) e entrando rapidamente e de surpresa em França, derrotando o exército francês e chegando perto de Paris.
  • As tropas francesas comandadas pelo General Joffre e com a ajuda dos ingleses, derrotaram os alemães, no Marne (França).
  • Na frente leste os exércitos alemães, comandados pelo General Hindenberg, conquistaram a Polónia e entraram em território russo. No entanto, o plano alemão da “guerra relâmpago” na frente oriental falhou devido à chegada do rigoroso Inverno.
  • A guerra desenvolveu-se em três frentes: Frente Ocidental; Frente Leste e Frente Balcânica.


1.2.  Guerra das Trincheiras (1915/1917)

  • A “guerra dos movimentos” conduziu a uma certa estabilização das posições.
  • Iniciou-se uma nova fase, que na frente ocidental se caracterizou pela “guerra das trincheiras”, em que cada bloco tentava impedir o avanço do outro.
  • Abriram-se longas valas – as trincheiras – onde os soldados se protegiam e a partir das quais lançavam os ataques aos exércitos inimigos.
  • Esta “guerra das posições” arrastou-se entre 1915 e 1917 em condições extremamente difíceis, provocando a doença e a morte de milhares de soldados.
  • Nesta fase os meios de combate aperfeiçoaram-se, desenvolvem-se submarinos, tanques e aviões de combate.
  • Travam-se grandes batalhas: Batalha de Verdun (França), em que as tropas dos Aliados conseguiram resistir aos bombardeamentos da artilharia alemã durante 4 meses; Batalha da Jutlândia (Dinamarca), considerada como a mais importante batalha naval da guerra, em que se registou pela primeira vez a utilização dos submarinos alemães. 
  • Foi nesta fase que Portugal entrou na guerra, ao lado dos Aliados.


1.3.  Retorno à Guerra dos Movimentos (1917/1918)

  • Em 1917 alguns factos novos alteraram a situação do conflito.
  • A entrada dos EUA, que significou uma grande vantagem para os Aliados, quer pelo apoio financeiro, quer pela participação de cerca de 1 milhão de combatentes enviados para a Europa.
  • A Revolução Soviética (1917), que enfraqueceu a frente leste e motivou os soviéticos a assinar com a Alemanha uma paz separada (Tratado de Brest-Litovsk, em Março de 1918).
  • As crescentes dificuldades dos alemães devido ao bloqueio económico que os privou de alimentos e de matérias-primas.
  • As grandes ofensivas de 1918:
-     Os exércitos alemães tentam atingir Paris
-    A contra-ofensiva das tropas francesas comandadas pelo General Foch (2ª Batalha do Marne) obriga os alemães à retirada.
-     Na frente balcânica, os exércitos das potências centrais sofreram pesadas derrotas: a Turquia e a Bulgária pediram a paz.
-     Na Itália, os exércitos austro-húngaros foram derrotados e renderam-se.
-    A Alemanha ficou cada vez mais isolada no conflito e a guerra tornou-se insustentável. A população civil dos campos participou em revoltas e motins populares contra a guerra e soldados e marinheiros alemães recusaram-se a combater.

  • Fim da Guerra: perante a situação insustentável vivida pelos exércitos alemães, os generais obrigam o Kaiser Guilherme II a abdicar e proclamam a República. Em 11 de Novembro de 1918 o novo governo alemão assinou o Armistício: suspensão das hostilidades entre os exércitos, após a rendição da Alemanha, visando o estabelecimento de condições que permitissem a assinatura de um Tratado de Paz (Tratado de Versalhes)

 Em 1918, as armas calaram-se dia 11 do mês 11, às 11:11, com a entrada em vigor do armistício.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Luís XIV


 

ANTIGO REGIME I

Antigo Regime: período da História da Europa situado entre os séculos XVI e XVIII

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Economia: predominantemente agrícola; expansão do capitalismo comercial; adoção do Mercantilismo.

Política: Absolutismo, regime no qual o Rei reunia todos os poderes, fundamentando-se no direito divino.

Sociedade: de Ordens (Clero, Nobreza, Povo); sociedade estratificada e hierarquizada (privilegiados e não-privilegiados).

Cultura: Arte Barroca, associada à Contrarreforma e ao Absolutismo.



O PODER ABSOLUTO

A partir do final do séc. XVI o conceito de monarquia absoluta ou absolutismo adquiriu força e expandiu-se praticamente por toda a Europa.

Este regime político caracteriza-se pela centralização na pessoa do rei de todos os poderes:
  • o executivo (administração do reino, controlo da economia, comando do exército);
  • o legislativo (elaboração das leis);
  • o judicial (aplicação da justiça)
Segundo esta forma de poder, o rei é o representante de Deus na Terra (poder de origem divina) e, por isso, não tem que responder publicamente pelas decisões tomadas.

O rei apoiava-se nos seus ministros, Conselhos especializados e nos funcionários régios espalhados por todo o reino.

Os reis Luís XIV, em França, e D. João V, em Portugal, constituem exemplos de monarcas com poder absoluto.

Luís XIV
D. João V
































A SOCIEDADE DE ORDENS


Privilegiados: controlavam os altos cargos políticos e religiosos, possuíam a maioria das terras, estavam isentos da maior parte dos impostos e tinham leis próprias.

Não-privilegiados: sobrecarregados de impostos e de obrigações.
Alguns burgueses ascendiam socialmente por via do casamento, compra de título ou concessão régia (nobreza de toga).



POLÍTICA MERCANTILISTA:
Mercantilismo: política económica dos séculos XVII e XVIII que defende que a riqueza de um Estado se mede pela quantidade de metais preciosos que guarda nos seus cofres.

Em França

O modelo mercantilista de Colbert (ministro de Luís XIV): balança comercial favorável.




Em Portugal

As medidas mercantilistas do Conde da Ericeira (Vedor da Fazenda de D.PedroII):
  • Criação de manufaturas nos setores dos lanifícios sedas, chapéus, vidro e ferro;
  • A importação de equipamentos e técnicos estrangeiros;
  • A concessão de subsídios, benefícios fiscais e monopólios de fabrico às manufaturas;
  • A aprovação de leis pragmáticas que proibiam o uso de artigos de luxo, como panos, louças e vidros de origem estrangeira
Fracasso das medidas mercantilistas em Portugal:
  • A descoberta de ouro e diamantes no Brasil (permitiu o pagamento das importações);
  • O Tratado de Methuen (1703) – permitiu a livre entrada dos lanifícios ingleses em Portugal  como contrapartida à circulação dos vinhos portugueses nos mercados ingleses, mediante taxas mais favoráveis.
  • 

sábado, 5 de fevereiro de 2022

A União Ibérica e a Restauração

Batalha de Alcácer Quibir

04-08-1578
            "O dia 4 de Agosto marca o maior desastre da história militar portuguesa, não só pelo número de militares envolvidos mas também pelas consequências trágicas que teve. A batalha de Alcácer Quibir (ou batalha dos três reis) marca o princípio do fim da II dinastia portuguesa e do período do império português da Índia e é o prenúncio de um período de 60 anos em que o reino de Portugal foi governado por um monarca estrangeiro.
            Tendo sido decidido atacar o norte de África para tentar aliviar a pressão que se fazia sentir sobre as fortalezas portuguesas, começou a formar-se um exército sem grande pressa o qual era constituída por um total de 17.000 homens, dos quais 5.000 eram mercenários estrangeiros.

  A armada parte de Lisboa a 25 de Junho de 1578, faz escala em Cadiz e aporta a Tanger, seguindo depois para Arzila. Aqui é cometido o primeiro erro crasso, pois a tropa é mandada seguir a pé de Arzila para Larache, quando o percurso poderia ser feito por via marítima. A partir de Larache, a força afasta-se da costa em direção a Alcácer Quibir. Há que notar que no século XVI, grande parte das vitórias portuguesas dá-se na zona costeira, onde é possível fazer valer a vantagem do poder de fogo dos navios de guerra portugueses. Longe dos navios e enfrentando o calor de uma zona quase desértica um exército superior em número e combatendo no seu território, as cautelas deveriam ter sido muito maiores.           
O rei recusou-se terminantemente a ouvir os conselhos dos capitães mais experientes, que achavam que o exército se devia manter próximo dos canhões dos navios. Alguns comandantes perante o absurdo da decisão chegaram a falar em prender o rei para o impedir de cometer tal loucura.
As forças muçulmanas, entendiam muito bem que não poderiam enfrentar os portugueses próximo da costa, e não avançaram em direção a norte, preferindo que fossem os portugueses a tomar a iniciativa.
A 4 de Agosto, depois de uma marcha de 7 dias, as forças portuguesas encontram o exército mouro que, segundo algumas referências, atinge 60.000 homens. A batalha resulta na perda de metade do efetivo das forças portuguesas que morre na batalha e a outra metade é feita prisioneira.
O rei, terá alegadamente morrido na batalha, e a sua morte ficou envolvida num mistério que perdura, mesmo séculos depois."

www. areamilitar.net


A União Ibérica
(síntese)


A D. Sebastião sucede o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que por sua vez morre em 1580, sem sucessores.
Surgem então como pretendentes ao trono:
  • Filipe II, rei de Espanha;
  • D. António, prior do Crato;
  • D. Catarina de Bragança.
Os portugueses dividem-se:
  • o povo, para não perder a independência, apoia D. António, prior do Crato;
  • uma parte da nobreza e do clero apoia D. Catarina;
  • a nobreza, o clero e a burguesia apoiam Filipe II, rei de Espanha, esperando assim obter privilégios e riqueza. 













Filipe II invade Portugal e D. António organiza a resistência aos invasores mas é derrotado na Batalha de Alcântara, em 25 de Agosto de 1580. Assim, em  1581 nas Cortes de Tomar, Filipe II  é aclamado rei de Portugal, dando-se início a  um novo período na história do nosso país: a união dinástica.

·         Condições da União:
a)       Autonomia de Portugal;
b)       Respeito pelos costumes, leis e liberdade;
c)       Nomeação de portugueses para o governo português

·         Medidas favoráveis:
a)       Os portugueses podiam exercer funções em Espanha;
b)       As rendas e as terras em Portugal só eram atribuídas a portugueses;
c)       O comércio da Índia e da Guiné era exclusivo dos portugueses;
d)       Os portugueses podiam circular por todo o Império Espanhol;
e)       Foram suprimidas as barreiras alfandegárias;
f)        A língua e a moeda mantiveram-se.

·         Conclusão: até 1620 a União Ibérica foi bastante positiva para Portugal.

 A crise do Império Espanhol e a Restauração da Independência de Portugal (síntese)

Agravamento da situação económica (depois de 1620)
a)       Diminuição das remessas de ouro e prata da América Latina;
b)       Guerras com a Holanda, a França e a Inglaterra;
c)       Dívidas com o exterior (empréstimos);
d)       Diminuição demográfica (guerras, pestes, expulsão dos mouros e dos judeus)

Consequências para Portugal
a)       Grande aumento dos impostos;
b)       Mobilização dos soldados portugueses;
c)       Tentativas de eliminar a política de autonomia

 Reação portuguesa
a)       Organização da luta para restauração da independência;
b)       Levantamentos populares por todo o país;
c)       Revolta dos nobres em Lisboa, a 1 de Dezembro de 1640: pôs fim aos 60 anos de domínio espanhol (Restauração da Independência de Portugal!)




Os novos valores europeus

AS ORIGENS DO RENASCIMENTO
O Renascimento representou um momento de viragem na cultura europeia, que começou em Itália, no século XV, porque esta reunia vários fatores que contribuíam para que fosse o berço do Renascimento:
  •    A riqueza proveniente do tráfego comercial das cidades italianas como, Florença, Milão, Génova e Veneza,  favoreceu a rivalidade artística e cultural entre elas;
  •    O poder económico das famílias dos Médicis e dos Sforza, cuja riqueza favoreceu a prática do mecenato;
  •   Esses grandes senhores (mecenas) através das suas encomendas protegiam, financiavam e projetavam os artistas e as suas obras;
  •    A Itália como berço da cultura greco-romana oferecia muitos vestígios culturais aos sábios e estudiosos da Cultura Clássica;
  •    Os intelectuais italianos rejeitavam a estagnação da cultura medieval e apostavam na criação de universidades, bibliotecas e academias.
 Florença
  
RENASCIMENTO
O Renascimento foi um movimento de renovação cultural, intelectual e artístico que impulsionou uma nova mentalidade.
Características:
a)Humanismo ( valorização do Homem e das suas capacidades)
b)Naturalismo (interesse pelo estudo da Natureza)
c)Classicismo (inspiração e recuperação dos modelos artísticos da Antiguidade Clássica – Grécia e Roma)

Nova mentalidade:
a)Antropocentrismo (Homem no centro do pensamento, como ser inteligente e símbolo da perfeição)
b)Individualismo (respeito pelo valor da Razão e da consciência individual)
c)Espírito Crítico ( capacidade de cada um usar livremente o seu pensamento e fazer o julgamento das coisas)

No Renascimento assistiu-se a uma valorização da pessoa humana e a uma postura de confiança nas capacidades próprias do indivíduo. Durante este período concretizou-se a busca do Homem Ideal, daquele que através de uma boa educação, conseguisse alcançar uma formação completa, que o tornasse apto a trabalhar nas mais diferentes áreas.
Leonardo da Vinci, um dos grandes sábios e mestres do Renascimento na pintura, na arquitetura, nas invenções técnicas, nos estudos anatómicos e da natureza, foi disso exemplo.