quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O comércio à escala mundial

O COMÉRCIO À ESCALA MUNDIAL

Os descobrimentos portugueses e espanhóis permitiram a abertura de novas rotas comerciais que passaram a ligar todos os continentes.

·        -A rota do Cabo, portuguesa, ligava a Europa à Índia;

·   -As rotas do Extremo Oriente permitiam aos portugueses, a partir da Índia, comerciar com a China, o Japão, Macau e Timor;

· -As rotas atlânticas, portuguesas e espanholas, possibilitavam a circulação de produtos da Europa para a África, de África para a América e da América para a Europa;

·   -A rota de Manila, espanhola, ligava a América às Filipinas.





Lisboa e Sevilha, cidades às quais chegavam os produtos dos outros continentes, organizavam o comércio intercontinental.


Em Lisboa, a Casa da Índia (situada no Paço da Ribeira) recebia, contava, armazenava e expedia os produtos antes de serem exportados para venda nas cidades do Centro da Europa.

Em Sevilha, a Casa da Contratação, desempenhava funções semelhantes, nomeadamente com o tráfego de ouro e prata.


O Paço da Ribeira onde a Casa da Índia estava localizada. Perpendicular ao rio Tejo, possuía uma torre central e um terraço frente ao rio. À esquerda vê-se o estaleiro (Ribeira das Naus), com alguns navios em construção. A área aberta à direita é o Terreiro do Paço, com o porto e um pelourinho ("Civitates Orbis Terrarum", 1572).

Apesar da sua importância, Lisboa e Sevilha não dominavam a distribuição e venda dos produtos coloniais na Europa. Esse papel pertencia à cidade de Antuérpia (Flandres), que pela sua localização geográfica fazia a ligação com a Europa do Norte, Centro e Sul. Era aí também que Portugal e Espanha compravam muitas das mercadorias que consumiam ou que enviavam para o Oriente e para a América.

Portugal e Espanha praticavam, assim, uma política de transporte. O lucro obtido com o comércio não era investido na agricultura e na produção artesanal, não contribuindo, por isso, para o desenvolvimento dos reinos.


Quem mais beneficiou com este comércio foi a burguesia comercial europeia, sobretudo os grandes mercadores e banqueiros flamengos, alemães e italianos, que investiam nos negócios e financiavam os reis de Portugal e Espanha através de empréstimos a juros elevados.
 


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