O COMÉRCIO À ESCALA
MUNDIAL
Os
descobrimentos portugueses e espanhóis permitiram a abertura de novas rotas
comerciais que passaram a ligar todos os continentes.
· -A rota do
Cabo, portuguesa, ligava a Europa à Índia;
· -As rotas
do Extremo Oriente permitiam aos portugueses, a partir da Índia, comerciar
com a China, o Japão, Macau e Timor;
· -As rotas
atlânticas, portuguesas e espanholas, possibilitavam a circulação de
produtos da Europa para a África, de África para a América e da América para a
Europa;
· -A rota de
Manila, espanhola, ligava a América às Filipinas.
Lisboa e Sevilha, cidades às
quais chegavam os produtos dos outros continentes, organizavam o comércio
intercontinental.
Em Lisboa, a Casa da Índia (situada no Paço da Ribeira)
recebia, contava, armazenava e expedia os produtos antes de serem exportados
para venda nas cidades do Centro da Europa.
Em Sevilha, a Casa da Contratação, desempenhava funções
semelhantes, nomeadamente com o tráfego de ouro e prata.
Apesar da sua importância, Lisboa
e Sevilha não dominavam a distribuição e venda dos produtos coloniais na Europa.
Esse papel pertencia à cidade de Antuérpia
(Flandres), que pela sua localização geográfica fazia a ligação com a Europa do
Norte, Centro e Sul. Era aí também que Portugal e Espanha compravam muitas das
mercadorias que consumiam ou que enviavam para o Oriente e para a América.
Portugal e Espanha praticavam,
assim, uma política de transporte. O
lucro obtido com o comércio não era investido na agricultura e na produção
artesanal, não contribuindo, por isso, para o desenvolvimento dos reinos.
Quem mais beneficiou com este
comércio foi a burguesia comercial europeia, sobretudo os grandes mercadores e
banqueiros flamengos, alemães e italianos, que investiam nos negócios e
financiavam os reis de Portugal e Espanha através de empréstimos a juros elevados.
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