domingo, 14 de maio de 2023

O TERCEIRO MUNDO: independência política e dependência económica




Em 1961, da Conferência de Belgrado, destaca-se a fundação oficial do “Movimento dos Não-Alinhados”, ou seja o movimento dos países (a maioria ex-colónias) que decidiram não adotar nenhum dos modelos políticos que predominavam no mundo (capitalista e comunista), optando, assim, por uma postura neutral.
 
 

Neste contexto surge a expressão “Terceiro Mundo”, que mais tarde passou a ser utilizada para designar os países menos desenvolvidos, que partilhavam algumas características, tais como:

  • Crescimento demográfico muito elevado;
  • Profundas desigualdades sociais;
  • Elevada taxa de analfabetismo;
  • Inexistência de um sistema de saúde básico;
  • Fome e subnutrição; 
  • Economia de subsistência com a agravante de uma fraca produção para as necessidades da população.
http://jornaldeangola.sapo.ao/mundo/fome_ameaca_224_milhoes_de_africanos
 
Estes países conseguiram a sua independência política mas mantinham a dependência económica em relação aos países industrializados, uma vez que exportavam as suas matérias- primas a preços reduzidos, mas importavam muitos produtos para suprir as suas necessidades, o que mantinha a balança comercial sempre deficitária. Para conseguir pagar as importações, o Terceiro Mundo endividava-se, o que contribuiu para aumentar a sua dívida externa (Neocolonialismo).

Nos anos 70, o mundo encontrava-se dividido entre:

  •  Norte: países industrializados;
  •  Sul: países do terceiro Mundo (países em vias de desenvolvimento).

 http://alunosonline.uol.com.br/geografia/subdesenvolvimento.html


Durante as décadas de 70 e 80, o mundo assistiu ao Diálogo Norte/Sul, ou seja, entre países industrializados e em vias de desenvolvimento. Foram feitos acordos para minimizar a pobreza e impulsionar o desenvolvimento dos últimos.

Destaca-se a Conferência de Lomé (1975), entre a Comunidade Europeia e alguns Estados da África, Caraíbas e Pacífico (Comunidade ACP) onde se estabeleceu a doação por parte da CE, em dinheiro, e o livre acesso aos mercados europeus (agrícolas e industriais).




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