O
ESTADO-PROVIDÊNCIA
A Europa Ocidental, nos
anos 50 do século XX, entrou numa fase de elevado crescimento económico, para o
qual contribuiu o modelo de “Estado-Providência”,
que pretendia evitar que a miséria e as desigualdades sociais do após-guerra
contribuíssem para o renascer de regimes fascistas e o alastrar do comunismo.
Assim, foi criado um
sistema de segurança social obrigatório e controlado pelo Estado, com base no
pagamento de impostos, que garantisse o apoio a toda a população.
Este
tipo de política garantia:
- Assistência na saúde
- Abono de família
- Subsídios de desemprego e invalidez
- Reforma
- Escolaridade mínima obrigatória e gratuita
O investimento público
deveria ainda garantir o “pleno emprego”,
ou seja, uma situação em que não existe ou quase não existe desemprego.
Os principais objetivos
das sociedades ocidentais passaram a centrar-se na qualidade de vida e no bem-estar.
A publicidade, o
marketing, as grandes superfícies comerciais e as vendas a crédito levaram ao
desenvolvimento da sociedade de consumo.
Este tipo de sociedade
traz graves problemas, como os ambientais (esgotamento dos recursos naturais e
poluição) e o endividamento das famílias.
O
PODERIO AMERICANO
http://www.mercado.com.ar/notas/8017840
Os EUA foram, após a II Guerra Mundial, o motor de
arranque do crescimento económico do mundo ocidental, assumindo o papel de
superpotência. Para isso contribuíram os seguintes fatores:
- Aparecimento das multinacionais (com investimentos em todo o mundo) e da livre concorrência
- Agricultura fortemente mecanizada
- Dinamismo comercial (venda a crédito, publicidade, marketing)
- Indústria tecnologicamente avançada
- Grandes investimentos em inovações tecnológicas e científicas (automação, robotização, informática, eletrónica, telecomunicações, petróleos, indústria espacial)
- Baby boom (surto demográfico com o aumento da taxa de natalidade)
- Aumento do consumo (“American way of life”)
- Exportação de bens culturais (cinema,
música, vestuário,…)
http://portrasdessepano.wordpress.com/2013/11/29/moda-de-decada-anos-50/
“O MILAGRE JAPONÊS”
http://www.portalcafebrasil.com.br/cafepedia/japao/
O auxílio dos EUA ajudou a transformar o Japão numa grande potência mundial. Conciliando a tradição com a modernidade, o Japão operou um verdadeiro “milagre” na recuperação da sua economia. Esta expandiu-se nas décadas de 1950 e 1960, depois do país se tornar numa democracia liberal, independente dos americanos, mas apoiado por estes.Para este milagre contribuíram os seguintes fatores:
- Mão-de obra-abundante, disciplinada, obediente, com espírito de sacrifício e com elevado nível de escolaridade
- Formação técnica dos trabalhadores
- Cooperação entre o Estado e as empresas (através de medidas protecionistas)
- Inovação tecnológica (robótica) e novas indústrias (eletrónica, automóvel, têxtil, construção naval)
- Grandes e pequenas empresas existiam em simultâneo, complementando-se.
- O desenvolvimento industrial originou também o aumento da concentração urbana, a grande maioria da população vive nas cidades
https://shigotononihon.files.wordpress.com/2015/01/fabrica-eletronicos.jpg
O NASCIMENTO E A EXPANSÃO DA COMUNIDADE EUROPEIA
A Europa Ocidental sentiu necessidade, após a II Guerra Mundial, de criar formas de cooperação entre os países, para acelerarem a reconstrução das suas economias e reafirmar o seu prestígio e a sua influência de modo a combater a hegemonia dos EUA e o expansionismo da URSS.
https://www.revuedesdeuxmondes.fr/16-mars-1979-deces-de-jean-monnet/
Em 1950, Robert Schuman (ministro francês dos Negócios Estrangeiros) e Jean Monet (comissário do Plano de Reconstrução e Recuperação Económica da França) propuseram a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), com o objetivo de criar um mercado comum destas duas matérias-primas, livre de impostos.Em 1957, no Tratado de Roma, foi aprovada a formação da Comunidade Económica Europeia (CEE), que tinha como principal objetivo estabelecer um mercado comum (a livre circulação de pessoas, serviços e mercadorias entre os estados-membros).Em 1992, no Tratado de Maastricht, a CEE evoluiu para União Europeia (UE) e os seus objetivos alargaram-se para áreas como a saúde pública, o ambiente, a defesa, a segurança e a ajuda, a cultura e a educação.
Os 28 países da UE:
1958 - Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos
1973 - Dinamarca, Irlanda, Reino Unido
1981 - Grécia
1986 - Espanha e Portugal
1995 - Áustria, Finlândia, Suécia
2004 -República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia
2007 - Bulgária e Roménia
2013 - Croácia
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