1914: Atentado em Sarajevo
No dia 28 de junho de 1914, um atentado na capital da província austríaca da Bósnia-Herzegovina matou o arquiduque Francisco Fernando e sua esposa, Sofia Chotek.
O atentado acabou por provocar a Primeira Guerra Mundial. Foi um estudante sérvio chamado Gavrilo Princip, de 19 anos, pertencente a uma associação secreta conhecida como Mão Negra, quem assassinou o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono da Áustria, e sua esposa.
O atentado, ocorrido na cidade de Sarajevo, na Bósnia, culminou com a declaração de guerra contra a Sérvia por parte do Império Austro-Húngaro. Os países europeus foram, um a um, arrastados para o conflito, que durou quatro anos, de 1914 a 1918.
Francisco Fernando foi morto a tiros, a curta distância, enquanto passeava por Sarajevo. A visita era uma tentativa do império, com sede em Viena, de demonstrar força na capital bósnia.
Princip era um dos sete conspiradores espalhados em pontos nevrálgicos da cidade de Sarajevo. Eram todos jovens, entre 17 e 20 anos, membros do movimento nacionalista que pretendia uma Grande Sérvia e inimigos da monarquia dos Habsburg.
O arquiduque e a esposa, minutos antes do atentado
1. FASES DA GUERRA
1.1. Guerra dos Movimentos (1914/15)
- A Alemanha desenvolveu uma guerra relâmpago, invadindo a Bélgica (país neutro) e entrando rapidamente e de surpresa em França, derrotando o exército francês e chegando perto de Paris.
- As tropas francesas comandadas pelo General Joffre e com a ajuda dos ingleses, derrotaram os alemães, no Marne (França).
- Na frente leste os exércitos alemães, comandados pelo General Hindenberg, conquistaram a Polónia e entraram em território russo. No entanto, o plano alemão da “guerra relâmpago” na frente oriental falhou devido à chegada do rigoroso Inverno.
- A guerra desenvolveu-se em três frentes: Frente Ocidental; Frente Leste e Frente Balcânica.
- A “guerra dos movimentos” conduziu a uma certa estabilização das posições.
- Iniciou-se uma nova fase, que na frente ocidental se caracterizou pela “guerra das trincheiras”, em que cada bloco tentava impedir o avanço do outro.
- Abriram-se longas valas – as trincheiras – onde os soldados se protegiam e a partir das quais lançavam os ataques aos exércitos inimigos.
- Esta “guerra das posições” arrastou-se entre 1915 e 1917 em condições extremamente difíceis, provocando a doença e a morte de milhares de soldados.
- Nesta fase os meios de combate aperfeiçoaram-se, desenvolvem-se submarinos, tanques e aviões de combate.
- Travam-se grandes batalhas: Batalha de Verdun (França), em que as tropas dos Aliados conseguiram resistir aos bombardeamentos da artilharia alemã durante 4 meses; Batalha da Jutlândia (Dinamarca), considerada como a mais importante batalha naval da guerra, em que se registou pela primeira vez a utilização dos submarinos alemães.
- Foi nesta fase que Portugal entrou na guerra, ao lado dos Aliados.
1.3. Retorno à Guerra dos Movimentos (1917/1918)
- Em 1917 alguns factos novos alteraram a situação do conflito.
- A entrada dos EUA, que significou uma grande vantagem para os Aliados, quer pelo apoio financeiro, quer pela participação de cerca de 1 milhão de combatentes enviados para a Europa.
- A Revolução Soviética (1917), que enfraqueceu a frente leste e motivou os soviéticos a assinar com a Alemanha uma paz separada (Tratado de Brest-Litovsk, em Março de 1918).
- As crescentes dificuldades dos alemães devido ao bloqueio económico que os privou de alimentos e de matérias-primas.
- As grandes ofensivas de 1918:
- Os exércitos alemães tentam atingir Paris
- A contra-ofensiva das tropas francesas comandadas pelo General Foch (2ª Batalha do Marne) obriga os alemães à retirada.
- Na frente balcânica, os exércitos das potências centrais sofreram pesadas derrotas: a Turquia e a Bulgária pediram a paz.
- Na Itália, os exércitos austro-húngaros foram derrotados e renderam-se.
- A Alemanha ficou cada vez mais isolada no conflito e a guerra tornou-se insustentável. A população civil dos campos participou em revoltas e motins populares contra a guerra e soldados e marinheiros alemães recusaram-se a combater.
- Fim da Guerra: perante a situação insustentável vivida pelos exércitos alemães, os generais obrigam o Kaiser Guilherme II a abdicar e proclamam a República. Em 11 de Novembro de 1918 o novo governo alemão assinou o Armistício: suspensão das hostilidades entre os exércitos, após a rendição da Alemanha, visando o estabelecimento de condições que permitissem a assinatura de um Tratado de Paz (Tratado de Versalhes)
Em 1918, as armas calaram-se dia 11 do mês 11, às 11:11, com a entrada em vigor do armistício.
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